70% das pessoas que passaram a fazer exercícios três vezes por semana melhoraram o equilíbrio e até o humor
05/01/2015 | Exercícios reduzem quedas de pessoas com doença de Parkinson O exercício pode ajudar as pessoas com doença de Parkinson a melhorar seu equilíbrio, capacidade de se movimentar e qualidade de vida, de acordo com um novo estudo publicado no jornal médico Neurology, da Academia Americana de Neurologia.
Durante o estudo, 231 pessoas com a doença de Parkinson foram observadas. Parte recebeu os cuidados habituais e outro grupo participou de um programa de exercícios com, no máximo, 60 minutos, três vezes por semana durante seis meses em suas próprias casas. O resultado mostrou que 70% das pessoas que seguiram o programa de atividades físicas relatou uma grande redução de quedas em comparação às pessoas que não participaram dos exercícios.
A queda é um problema comum para as pessoas com Parkinson e dois terços das pessoas que sofrem com a doença caem repetidamente, podendo agravar a evolução do problema.
– As lesões resultantes, dor, limitações de atividades e medo de cair novamente pode realmente afetar a saúde e o bem estar das pessoas – disse Colleen G. Canning, autor do estudo e professor da Universidade de Sydney, na Austrália.
Os pesquisadores sugeriram diferentes tipos de exercícios para os pacientes. Todos simples para que pudessem ser repetidos em casa. Treinos de marcha na esteira, flexão de joelhos apoiado em uma cadeira e alongamento foram feitos para melhorar o equilíbrio do grupo analisado.
Além de reduzir as quedas, os exercícios trouxeram mais qualidade de vida aos pacientes que apresentaram melhor desempenho em testes de capacidade de se movimentar e equilíbrio.
– O exercício melhorou o humor das pessoas desse grupo que passou a se exercitar e, ainda, diminuiu o medo que elas tinham de novas quedas. A prática trouxe confiança – explicou Canning.
O Parkinson é uma doença neurológica que afeta diretamente o movimento da pessoa, porque causa tremores, lentidão e rigidez muscular. Como consequência, vem o desequilíbrio, e problemas para falar e escrever. A doença não afeta a capacidade intelectual, mas é progressiva e ainda não tem cura.
A doença tende a afetar pessoas mais idosas e os primeiros sintomas tendem a aparecer a partir dos 50. Em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1% das pessoas com mais de 65 anos sofre de Parkinson. Fonte: Zero Hora.
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