por
Hugo Gutterres, secretário da APARS
Devo
confessar que me dói na alma deletar nomes de pessoas que não estão
mais vivas ou que seus estados mentais/físicos não compatibilizam
com as atividades desenvolvidas pela APARS. Muitos faleceram e muitos
outros estão em casa de idosos, quando não em manicômios para
tratamento de saúde mental.
Quase
todos os meses passo por estas situações de constrangimento íntimo.
Penso nas pessoas cujas vidas foram sugadas por esta doença. Sabe o
fulano? Faleceu! Mais um nome a deletar. Como se a tecla del apagasse
a lembrança, os sonhos e aspirações daqueles cujos nomes devem ser
retirados da mala direta.
Nisto
tudo vejo mais uma razão para comemorar mais um dia de vida embora
sofrida devido a Mr Parkinson e, principalmente manter vivas as
esperanças, embora remotas, e ter fé em Deus, para que o avanço da
ciência tenha suficiente celeridade e ainda me encontre lúcido e
consciente a ponto de poder usufruir de melhores dias. Estamos numa corrida
contra o tempo, eu, nós e o Usain Bolt…
Não podemos nos entregar...
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