Pesquisadores buscam maior qualidade de vida para quem tem a doença.
Caminhada nórdica, criada na Europa, já dá resultados em Porto Alegre.
21/05/2016 - Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) testam um novo treinamento corporal, baseado na caminhada nórdica, um exercício criado na Europa, como forma de melhorar a qualidade de vida de pacientes com Parkinson. Em Porto Alegre, a iniciativa vem dando resultados (veja mais no vídeo, na fonte).
Marcus ficou sem dirigir por um ano. Faltava força nas pernas e coordenação. Depois de iniciar o tratamento, ele passou a ir de carro duas vezes por semana para um compromisso que, junto com a medicação, levou mudanças a sua rotina.
Caminhada Nórdica melhora qualidade de vida de quemtem parkinson, aponta estudo. (Foto: Reprodução/TV Globo)
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"Eu melhorei minha condição física, minha saúde melhorou bastante, eu estava muito abatido, bastante deprimido pelo fato de ter Parkinson", diz o empresário.
Os compromissos para os quais Marcus vai de carro são os encontros na Escola de Educação Física da UFRGS, onde ele e um grupo de pessoas que também têm Parkinson se reúnem para caminhar, mas de um jeito diferente.
Há três anos, os efeitos da caminhada nórdica são pesquisados, a partir da ideia da professora de educação física e aluna de doutorado de Ciências da Saúde Elren Passos Monteiro. Esse tipo de exercício, inventado por esquiadores que não queriam perder o preparo físico em meses sem neve na Europa, usa bastões.
O Parkinson provoca tremores e enrijecimento. Mas o bastão dá impulsão e equilíbirio. Assim, os pacientes fortalecem os músculos. "Antes, quando ia com a minha esposa no shopping, dava vontade de parar de caminhar de tanto que eu tremia. Sabe aquelas floreiras? Dava vontade de sentar na floreira, de tão cansado que ficava", lembra o aposentado Emilson Fraga. "Agora ela pede pra eu ir mais devagar um pouco", completa, referindo-se à mulher.
O neurologista e professor da UFRGS Carlos Rieder explica que a coordenação entre braços e pernas ensina ao cérebro uma nova forma de andar. "Ela cria um ritmo, ela cria uma cadência, e isso certamente modifica coisas cerebrais que a gente não tem muita ideia do que está acontecendo. Mas o importante é que na vida diária das pessoas os resultados são bem interessantes e parecem promissores", destaca.
Como vem dando resultados, a pesquisa virou um projeto permanente na universidade. "O que mais surpreende nisso tudo é que eles voltam a viver novamente. É um projeto que resgata não só parâmetros clínicos e funcionais, mas de autoestima", ressalta Elren Passos Monteiro, professora de educação física e aluna de doutorado de Ciências da Saúde. Foi ela que deu iniciou o estudo para tratar os pacientes com a caminhada nórdica. Fonte: Globo G1.
Os compromissos para os quais Marcus vai de carro são os encontros na Escola de Educação Física da UFRGS, onde ele e um grupo de pessoas que também têm Parkinson se reúnem para caminhar, mas de um jeito diferente.
Há três anos, os efeitos da caminhada nórdica são pesquisados, a partir da ideia da professora de educação física e aluna de doutorado de Ciências da Saúde Elren Passos Monteiro. Esse tipo de exercício, inventado por esquiadores que não queriam perder o preparo físico em meses sem neve na Europa, usa bastões.
O Parkinson provoca tremores e enrijecimento. Mas o bastão dá impulsão e equilíbirio. Assim, os pacientes fortalecem os músculos. "Antes, quando ia com a minha esposa no shopping, dava vontade de parar de caminhar de tanto que eu tremia. Sabe aquelas floreiras? Dava vontade de sentar na floreira, de tão cansado que ficava", lembra o aposentado Emilson Fraga. "Agora ela pede pra eu ir mais devagar um pouco", completa, referindo-se à mulher.
O neurologista e professor da UFRGS Carlos Rieder explica que a coordenação entre braços e pernas ensina ao cérebro uma nova forma de andar. "Ela cria um ritmo, ela cria uma cadência, e isso certamente modifica coisas cerebrais que a gente não tem muita ideia do que está acontecendo. Mas o importante é que na vida diária das pessoas os resultados são bem interessantes e parecem promissores", destaca.
Como vem dando resultados, a pesquisa virou um projeto permanente na universidade. "O que mais surpreende nisso tudo é que eles voltam a viver novamente. É um projeto que resgata não só parâmetros clínicos e funcionais, mas de autoestima", ressalta Elren Passos Monteiro, professora de educação física e aluna de doutorado de Ciências da Saúde. Foi ela que deu iniciou o estudo para tratar os pacientes com a caminhada nórdica. Fonte: Globo G1.
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