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quarta-feira, 22 de julho de 2015

Cuidadores

Texto original publicado no facebook em 22/07/2015, autoria de Roberto Carlos Miessa Coelho.

Carregar uma doença como a de Parkinson, não é uma tarefa agradável, nem fácil. Mas é preciso.

Por alguma razão ainda desconhecida, tanto fisicamente quanto espiritualmente, carregamos esse peso extra. É sofrido , não é?

Agora, vamos pensar um pouco nas nossas esposas, nos maridos, filhos, enfim nos cuidadores. Que tarefa muito mais difícil deve ser a de cuidar de quem precisa de cuidados especiais .

Considero-os criaturas especialmente designadas para essa difícil missão que é tentar minorar os efeitos da doença através de atenção, carinho, paciência, entre outros atributos positivos que o cuidador deve ter.

Sei que nossa jornada é dura, mas vamos considerar um pouco a jornada dos cuidadores.

Imaginemos por um instante que tipo de sentimento passa pelo coração de uma esposa, de um marido, de alguém que cuida, presenciando todos os dias as nossas dificuldades, sendo a maior testemunha da nossa falência física? O tamanho da sensação de impotência diante da situação?

Consideremos o quanto deve ser difícil ter que dar comida na boca, o quanto deve ser preocupante que o doente não engasgue.

Uma das formas que uso para definir o que é ter a Doença de Parkinson, é a sensação constante de sobressalto. Uma espécie de – “o que vem pela frente agora?”. Multiplique isso várias vezes para ter uma ideia do que passa no coração de um cuidador, ao ouvir um ruído surdo no quarto ao lado, onde está o doente.

Cuidadores são na verdade anjos sem asas, mas com uma imensa paciência para ouvir nossas histórias repetidas vezes, com o carinho desvelado de quem ama de verdade a ponto de deixar o trabalho para cuidar, com a compreensão que precisamos quando nosso humor muda repentinamente. Cuidadores são nossos preciosos guias numa jornada incerta, o que é certo é que estarão ao nosso lado incondicionalmente.
Vamos procurar refletir sobre isso e na medida do que nos for possível, tentar fazer o mesmo que o cuidador faz, só que de outra maneira – manifestando sempre a gratidão de poder dividir mais um dia com pessoas tão especiais como eles são.

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